terça-feira, 15 de março de 2011

Tanta coisa...

Tenho sentido uma ânsia de escrever sobre tantas coisas... Poesias, Sentimentos, Tristezas, Críticas, Desabafos, Inutilidades... tudo se resumindo a essa ardência no coração e no pensamento que me fazem querer vomitar tudo o que restou de mim e o que nunca foi meu... Ao mesmo tempo temo que tudo isso seja fruto de minha loucura inventada, da minha ilusão convencida de ser complicada... Entende? Não?!
Como diria Clarice Lispector: " E se me achar esquisita, me respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar."


Deixo meus sentidos e experiências tão a vontade, que eles fazem uma festa dentro de mim... É a imagem da paisagem com neblina na volta para casa, é a música que por um instante me faz esquecer tudo que me preocupa, é o medo* contidamente(existe?!) latejante, é a saudade ** misturada com carência, minha consciência me dando bronca por tanta frescura e 'fraqueza' (como por exemplo esta de agora...), minha fé lutando contra meus momentos de desânimo, é a leitura de textos que me deixam mais e mais apaixonada pela Psicologia, poesias que conversam com meus pensamentos, trechos do livro que se encaixam em minha vida... Sinto à flor da pele a minha vivência... E esse sentir mistura-se num aspecto de prazer e dor... Um sentir que reclamo e ao mesmo tempo amo querendo sempre guardá-lo e algumas vezes mostrá-lo ao mundo... Algo que me engana fingindo ser fraqueza, mas que sempre descubro ser minha fortaleza... O que me assegura diferenciar-me de tudo o que insiste em ser peso morto, inerte e passivo em um mundo que em si, declara ser puro movimento...


"Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser  visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe." (Caio Fernando Abreu)










*Uma poesia que se encaixa perfeitamente "Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada." (Vladimir Maiakovsky)  Direitos de Indicação: Fábio rsrs (.: obrigada)

** Como a história que a prof. de História da Infância e da Família nos contou em que a criança com medo, no quarto escuro,  pediu para que a mãe falasse, qualquer coisa que fosse, mas falasse; e quando contestada pela mãe por esse pedido (ao invés de pedir para que simplesmente se acendesse a luz), explicou que tudo se iluminava quando a mãe falava... A falta das pessoas é como estar em um quarto escuro, em silêncio, e saber que não há ninguém para iluminar naquele momento... Assim penso.


Enfim...

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