segunda-feira, 28 de março de 2011

Por esses dias, enquanto caminhava, percebi que minha vontade por querer correr não se explicava em si... Descobri que ansiava por querer correr para fugir de mim, de minhas paixões cheias de culpa, dos pesos que carregava; o minuto essencial que faz qualquer um querer abandonar tudo, dizer basta! a tudo o que limita, pesa, cega, emudece. Percebi também que não conseguia correr, explicado nessa fuga, pois meu pessimismo pesava minhas duas pernas; obrigava-me a olhar para o chão enquanto toda minha vida passava e se perdia na minha frente, se desprendendo aos poucos de meus dedos sem que ao menos eu me permitisse perceber. Percebi que quando pensei isso, minha garganta deu um nó, olhei para frente, tive o sol já queimando meu rosto e cegando meus olhos, o sol que nego por querer me passar calor... Meu orgulho, que algumas vezes desconfio ser medo, recusa-me algumas vezes o calor...
Depois disso, com a visão já 'acostumada' com aquela luz, me permiti correr, pelo menos um pouco... e com pisadas fortes, para que tudo aquilo que atrasava minha vida se desprendesse e ficasse para trás... para onde eu nunca olho...

Descobri que tenho que aprender a fazer mais isso...

Descobri que tenho ainda muito mais para deixar para trás.

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