segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sintamos nosso estômago dar infinitas voltas...
Perceba, ele não para de rodar quando o mundo aparenta estar melhor...
E não vale a pena esconder-se em doces palavras, em boas imagens,
...
Agora, vomitemos tudo o que nos faz mal, repelindo corpos estranhos que, escondidos em ingênuas figuras, nos invadem, sugam nossa capacidade de enxergar e sentir o errado, de lutar contra nossas próprias injustiças...
'Não acomodar com o que incomoda'



'Rasgo os muros do infinito,
Nos silêncios que procuro o mundo me aterra,
Não fui eu que pedi esta guerra,
Foi ela que me chegou a cada grito.

A cada grito dos injustiçados desta terra,
Refugiados de outras batalhas perdidas,
Com braços cansados e mãos vencidas,
E um olhar de silêncio como de quem berra.

Berra por todas as almas vendidas,
Sujeitas ao preço vil da escravidão.
E eu lutava se não fosse a maldição
De não conseguir sarar todas as feridas.

As feridas abertas da liberdade,
Que prometeram enquanto me prendiam,
Que prometeram mas apenas vendiam
Em troca da minha dignidade.

Se assim é, antes a morte!'

António A


(Créditos: aulas de processos grupais)

Nenhum comentário:

Postar um comentário