quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Percepções viajantes

A espuma d'água que cai no céu.
O homem que constrói e é destruído por sua própria criação. Capaz de virar um mundo de ponta cabeça.


Um horizonte belo, um ar calmo.
Encontraria isso em qualquer lugar, mas, ali não era qualquer lugar.


Perder-se no estranhamento acolhedor.
Ter a felicidade de não possuir ponto de partida nem de chegada.
 


Ver nos rostos uma mistura, um conforto de lar muito diferente do que já senti.
Rostos pintados de fé. Rezas e persistências que movem coletivamente pessoas estranhas entre si.


Nas ladeiras deixar rolar toda prisão gerada pela terra.
Sentir nas serras que cercam um pequeno mundo, um abrigo que liberta.


Entender que sorrisos ainda são bem-vindos e que conversas ainda podem ser longas.
Chegar num espaço leve onde a loucura é apenas um dos parâmetros alcançáveis da inatingível normalidade.


Anoitecer por dentro, deixar ir o que me leva, deixar para trás o que levo comigo. 
Ver no céu uma estrela que equivale aos pontos luminosos que brotam no chão.




Viajar faz bem ao organismo e à história pessoal!

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